quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

// Varejo "Humanológico"

Já está claro que o varejo não é mais físico ou digital e a “ameaça digital” é, na verdade, o maior aliado das lojas, dos funcionários e dos negócios que devem se diferenciar de seus concorrentes.

Vender somente produtos com preço bom já está no passado do varejo. Ser o “primeiro momento da verdade” já se tornou expressão sem sentido algum em um mundo totalmente conectado, dinâmico, ágil e volátil.

Os novos hábitos de consumo estão empurrando os diferentes negócios do varejo para outro patamar e a tecnologia é o grande acelerador desse movimento.

Cabe as marcas, as indústrias e ao próprio varejo se movimentar em uma velocidade maior do que estavam acostumados para estar junto desse cliente. Não se fala mais de omnichannel – ter todos seus canais integrados com uma única visão de seu cliente, é condição básica para estar no jogo.

Com os cases e conteúdo apresentado nesta última NRF Big Show 2020, fica cada vez mais evidente que o Novo Varejo, é uma combinação do lado Humano (Propósito, Posicionamento & Pessoas) com a força Tecnológica (Eficiência Operacional, Soluções & Resultado):
O Novo Varejo é Humanológico.

O lado humano

Quem nunca comprou um tamanho de roupa menor esperando perder peso e nunca usar? Quem nunca foi impactado por uma campanha de moda que fazia você olhar no espelho e se sentir péssimo?

Com cada vez mais consumidores comprando de marcas que refletem seus próprios valores, os principais varejistas estão adotando um ponto de vista mais proprietário e se posicionando sobre as maiores questões sociais e culturais de nosso tempo para criar um relacionamento mais autêntico e pessoal com seus clientes.

Temas como Inclusão, Diversidade, Transparência, Acesso, Empoderamento Feminino, Sustentabilidade e Pessoas são fundamentais para marcas de moda, por exemplo. Um setor que historicamente se pautava em modelos inatingíveis, de corpos magros e esguios, de uma beleza inconsequente que, hoje em dia, não reflete aquilo que os clientes buscam.

Alexandra Waldman, Co-Fundadora e CCO da marca Universal Standard, apresentou nesta NRF Big Show seu forte propósito de trabalhar seu principal pilar de “Inclusão Revolucionária”. Simplesmente a marca criou um padrão de tamanhos de suas peças de roupa para que qualquer pessoa se enxergue no modelo. Seja obesa ou magra, loira ou morena, alta ou baixa, jovem ou idosa, a marca tem uma promessa forte que dialoga de maneira próxima da sua cliente: “Nós vendemos roupas para a pessoa que está no espelho. Não vendemos a numeração da etiqueta. Caso o seu tamanho mude (caso engorde ou emagreça) nos próximos 365 dias, nós trocamos a peça gratuitamente.”

É ou não é uma promessa que aproxima a mulher e estimula a valorização pessoal e a se aceitar como ela realmente é, e não buscar por modelos inatingíveis?

Este é um excelente exemplo de um varejo mais humano.

Força da tecnologia

A jornada de compra dos clientes modernos tem começado cada vez mais pelo digital. Segundo Satya Nadella, CEO da Microsoft, cerca de 75% das vendas do varejo norte americano são influenciados pelo online. Em um concorrido painel na NRF 2020, ele apresentou a visão da Microsoft de como a tecnologia, exerce um papel fundamental para melhorar e integrar os processos de qualquer operação varejista.

A compilação e análise de dados na nuvem e inteligência artificial permite o melhor conhecimento do consumidor, o empoderamento de seus colaboradores, uma maior inteligência operacional e logística, permitindo a reinvenção operacional de modelos tradicionais de varejo, abrindo assim, novas oportunidades de negócios. A gestão de dados serve de base para toda iniciativa de marketing, com as campanhas, sendo personalizadas em massa e com cada vez mais relevância. A utilização de ferramentas de engajamento regionalizados, por exemplo, é um apoio perfeito para definir descontos e medir o melhor retorno sobre investimento. A Era do Spam acabou – ou tem tudo para acabar.

O Novo Varejo Humanológico facilita a experiência nas lojas e ajuda a vender.

Os consumidores estão constantemente sendo bombardeados por inúmeras opções de escolhas. Por meio da inteligência de dados, ter as ofertas adequadas nas lojas facilitam ter escolhas mais rápidas. Este é um enorme benefício para quem compra e oportunidade para quem vende ter mais tempo dedicado ao cliente.

A inteligência e eficiência tecnológica acelera a evolução do conceito “sob demanda” e a força da conveniência de ter tudo à mão com a agilidade do “delivery-hiper-local.” Os varejistas que se estruturarem para vender e entregar de uma forma integrada vai sair na frente.

Por meio do fator tecnológico, as empresas podem ser tornar cada vez mais próximas dos clientes e cada vez mais humanas.

Infelizmente por um imprevisto pessoal, esse ano não estive na NRF Big Show. Acompanhei da do Brasil toda a delegação da Gouvêa de Souza e tive um olhar privilegiado das discussões do grupo de consultores que a Gouvêa levou para Nova Iorque.

Se você também não foi, terá a chance de assistir de perto o que de melhor aconteceu nesta última NRF aqui no Brasil. Exatamente daqui a uma semana inicia o Retail Trends PÓS NRF que percorrerá diferentes capitais do país com a síntese do maior evento de varejo do mundo.

FONTE:
https://www.moveisdevalor.com.br/portal/o-novo-varejo-e-humanologico


quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

// Franquias em 2020

O desenvolvimento e a democratização da tecnologia certamente foram alguns dos aspectos mais transformadores da última década.

Nos últimos anos, as empresas brasileiras tiveram que se adaptar para continuar sobrevivendo em cenários políticos e econômicos extremamente desafiadores. E quem abraçou os recursos tecnológicos conseguiu transformar as dificuldades em oportunidades muito mais facilmente.

Foi o caso, por exemplo, das redes de franquias que digitalizaram suas operações e até criaram novos modelos de franquias, recorrendo a ferramentas tecnológicas como foram de reduzir os custos, aumentar a produtividade e criar formatos de trabalho mais econômicos e ágeis.

Como resultado desses e de outros fatores, o mercado de franquias teve um crescimento estrondoso. Em 2010, o franchising brasileiro faturou R$ 75,9 bilhões. Já em 2018, a receita saltou para R$ 174,8 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Na próxima década isso não deve ser muito diferente.

O ano de 2020 deve marcar investimentos ainda maiores das franquias brasileiras em tecnologia. E existem motivos muito sólidos para que essas empresas continuem investimento cada vez mais tecnologia.

Tecnologia como combustível para a expansão de franquias

A tecnologia é uma das principais aliadas para as redes de franquias que desejam expandir suas operações. Para começar, um bom software de gestão é básico para franqueadores que buscam uma administração profissional, tanto dentro na própria matriz, quanto nas unidades franqueadas.

Sistemas de gestão de qualidade também podem ajudar a eliminar processos desnecessários, centralizar informações, reduzir despesas e até a aumentar a produtividade dos funcionários, o que são condições importantes na expansão.

Além disso, contar com recursos tecnológicos também é importante nas etapas de atração, conversão e relacionamento com os franqueados.

Ter uma boa ferramenta de geolocalização que ajuda a encontrar praças atrativas para o negócio, mecanismos de automação de marketing para atrair novos franqueados e uma plataforma de ensino a distância, por exemplo, são itens mandatórios para redes que querem abrir franquias em estados distantes da matriz.

Tecnologia e a otimização da experiência

Já não basta apenas oferecer um bom produto ou serviço para conquistar o consumidor. Com a alta competitividade e um público cada vez mais exigente, é fundamental criar uma experiência excelente do início ao fim. A tecnologia também pode fazer parte desse processo.

Ferramentas como o Big Data podem ser utilizadas para ajudar as franqueadoras a entender melhor o que seus consumidores pensam e desejam. Dessa forma, fica mais simples otimizar os processos para promover uma experiência especial para os clientes.

Além disso, recursos como realidade virtual, chatbots e telas interativas já estão sendo amplamente usados pelas marcas de franquia como formas de encantar o público e inovar.

A pesquisa Food Service 2019, desenvolvida pela ABF, comprova essa tendência ao apontar que 47% das redes de franquias pretende investir em equipamentos como tablets para criar menus interativos e digitais.

Falando a mesma língua que o consumidor através da tecnologia

Quem usa o WhatsApp ou as redes sociais o tempo todo, não quer ter que mandar um e-mail para resolver um problema com uma empresa ou fazer uma solicitação de serviço.

Pensando no quanto a tecnologia já faz parte da vida, dos costumes e até da forma como os consumidores se relacionam, agregar canais tecnológicos em uma rede de franquias é primordial.

Ter canais de contato que sejam convenientes para quem compra é um passo que as franquias precisam dar se quiserem continuar sendo relevantes para um consumidor que tem tudo a um clique de distância (ou um toque na tela do celular).

Essa multicanalidade é, inclusive, um caminho para o omnichannel, uma das tendências mais fortes para franquias que atuam no varejo.

O omnichannel garante a integração de vários canais, inclusive os offline. Com essa integração, muitas franquias já estão habilitando sistemas que tornam possível fazer uma compra pela internet e retirá-la em uma loja física, ou o contrário.

FONTE:
https://www.terra.com.br/noticias/dino/investir-em-tecnologia-e-tendencia-para-franquias-em-2020,10bd837bb967d8409f247e91255869dd0wvgspml.html



quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

// 5 Dicas Para Conquistar a Confiança dos Clientes

Quer ganhar a confiança do seu consumidor? Invista em privacidade

A privacidade, o vazamento de dados pessoais e como as empresas usam as informações de seus clientes são assuntos que ganham cada vez mais relevância. Os consumidores estão mais atentos e menos propensos a compartilhar seus dados. Por isso, empresas que investem em políticas de privacidade claras e mostram, de forma transparente, como as informações são usadas têm mais chance de conquistar a confiança (e os dados) dos consumidores.

Uma pesquisa da Deloitte sobre privacidade de dados com consumidores americanos apontou que aqueles que estão satisfeitos com as políticas de privacidade de uma marca têm mais probabilidade (73%) de serem a favor ou neutros em relação ao compartilhamento de dados pessoais, em comparação com aqueles que estão insatisfeitos ou não conhecem as políticas (57%).

A pesquisa mostrou também que 75% dos consumidores estão mais abertos a compartilhar informações pessoais quando entendem que há benefícios em troca, como melhores preços, descontos ou melhores serviços. Os resultados mostram que as marcas precisam ser transparentes sobre o uso dos dados e mostrar como aquelas informações estão sendo usadas para ganhar a confiança dos consumidores.

O estudo também descobriu uma desconexão entre como os consumidores percebem a maneira como os varejistas usam seus dados pessoais e como os varejistas realmente os utilizam. Dois terços dos consumidores pesquisados acreditam que o principal uso de seus dados é para o marketing direcionado e pelo menos metade disse acreditar que seus dados pessoais são vendidos para terceiros.

Os executivos das marcas, no entanto, afirmam que as informações dos consumidores são usadas para aumentar a eficiência operacional e melhorar a qualidade dos serviços nas lojas. Essa diferença de visões é gerada pela falta de transparência sobre como os dados são armazenados e usados, diz a pesquisa.

Tendência na CES 2020

Quando falamos de privacidade digital, os grandes vilões que aparecem são as redes sociais e as empresas de tecnologia. Na edição deste ano da CES, um dos principais eventos de tecnologia que acontece todos os anos em Las Vegas, o grande foco das gigantes do mercado foi o investimento em novas formas de proteger a privacidade dos cidadãos após anos de crescente escrutínio de reguladores e consumidores sobre o tratamento de dados pessoais pelo setor.

O Google anunciou durante o evento a atualização do Google Assistant com dois novos comandos de voz para que as pessoas possam optar por cancelar comandos de voz ou excluir os registros arquivados no sistema. A empresa agora oferece aos usuários a opção de excluir dados usando sua voz dizendo: “Ei, Google, exclua tudo o que eu disse para você esta semana”, por exemplo.

Neste mesmo caminho, a Amazon, dona da empresa de fechaduras e câmeras de segurança Ring, anunciou que irá dar aos usuários a oportunidade de não atender solicitações da polícia para vídeos gravados pelos aparelhos dos usuários. A empresa estava sob fortes críticas por fornecer dados pessoais dos donos das câmeras, como localização em tempo real.

O Facebook, que passou os últimos dois anos sofrendo com escândalos relacionados à privacidade dos usuários e ao uso de dados pessoais por terceiros, anunciou na CES uma nova versão de sua ferramenta de verificação de privacidade com o objetivo de orientar o público quais são as principais formas de realizar as configurações sobre o uso de dados pessoais na plataforma. A nova versão mostra como controlar quem pode ver o que é compartilhado, como as informações são usadas e como aumentar a segurança da conta. A versão anterior da ferramenta era focada apenas em alterar as configurações de quem podia ver as postagens e informações de perfil do usuário.

Veja abaixo 5 medidas que as empresas precisam adotar para ganhar confiança do consumidor na questão da privacidade:


  1. Trate os dados do consumidor como um ativo valioso para a empresa;
  2. Seja transparente sobre como os dados estão sendo coletados,
    quais são armazenados e como eles serão utilizados;
  3. Centralize todas as configurações de privacidade em um único local
    para permitir que os consumidores tenham mais controle e facilidade
    para entender as implicações das configurações;
  4. Garanta que todas as pessoas que têm contato com o consumidor são
    capacitadas para agir de acordo com as diretrizes de privacidade da marca;
  5. Garanta a proteção dos dados em qualquer lugar – na nuvem, na organização,
    com terceiros ou em qualquer outro lugar em que possam ser usados.

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FONTE:
https://www.consumidormoderno.com.br/2020/01/15/confianca-consumidor-invista-privacidade/