quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Mais inteligência ainda: os limites da IA

Imaginar todas as aplicações e possibilidades da Inteligência Artificial é um exercício complexo.

Naureen Hassan é Chief Digital Officer do banco Morgan Stanley e uma das estrelas ascendentes na produção de inovação voltada para soluções de gestão de riquezas e investimentos. Suas apresentações são sempre concorridas e repletas de insights sobre a força inovadora que deve ser embarcada nos produtos financeiros. No Money 20/20, Naureen falou sobre o tema: “Inteligência Aumentada: revolução ou evolução – futuro da IA”.

A partir da acelerada mudança e evolução das expectativas dos consumidores em um mundo digital, a executiva propôs uma combinação de IA com poder tecnológico e consultoria humana, o que define o conceito de Inteligência Aumentada, para redimensionar e aprimorar a relação entre clientes e consultores financeiros.

Naureen dividiu sua apresentação em 3 grandes blocos:

- O estado da IA atualmente;
- Como ela transforma indústrias;
- E quais as implicações para empresas.

IAs permitem identificar padrões, processar operações e tarefas velozmente. E, por extensão, tornam o processo de recomendação automático, fluido e praticamente inato. As capacidades das IAs permitem entender e interpretar a linguagem e prover respostas qualificadas.

Dois tópicos então chamam a atenção para pensarmos em gerar valor: IAs fornecem dados estruturados em larga escala e permitem-se ser treinadas para aprender continuamente com a expertise humana. Isso significa que as IAs podem ser um fator de criação do que a executiva do Morgan Stanley denomina Inteligência Aumentada.

Aplicando esse conceito em um segmento como o de saúde, Naureen comentou sobre a análise de exames por imagem. Quantos e quantos erros ou interpretações deficientes não acontecem por viés ou erro humano? Pois bem, pesquisas mostram que a média de diagnósticos precisos de médicos humanos é de pouco mais de 75%. O percentual das IAs supera 96%. Sim, em larga medida muitas de nossas capacidades são largamente superadas pelas IAs.

Naureen então aborda a experiência do Morgan Stanley. O banco usa IAs para fazer a melhor gestão de riquezas e patrimônios com o objetivo de, empoderado pelas IAs, fornecer o melhor nível possível de aconselhamento para os clientes. Os sistemas do banco podem antecipar e compreender como diversos momentos nas vidas dos clientes afetam suas decisões. Isso porque a IA processa velozmente estupendas quantidades de dados para identificar exatamente motivadores de comportamento: um exame, o nascimento de um filho, mudança de emprego, aniversário ou qualquer outro evento.

Naureen demonstrou de forma simples que mesmo um time altamente qualificado de analistas não consegue fornecer respostas individualizadas, em larga escala, para os clientes do banco. E essa tarefa é executada com precisão impressionante por IAs, que assim aumentam o engajamento do cliente e melhoram o nível de confiança nos próprios analistas.

Outro exemplo é a otimização de recomendações. A partir da evolução da IA derivado do aprendizado, ela sempre identificar a melhor recomendação para o momento do cliente. “É claro que a IA tem imenso potencial de levar bancos e serviços financeiros para um crescimento excepcional, ajudando clientes a tomarem decisões complexas. Meu pensamento é que devemos usar o poder da IA para melhorar a nossa habilidade e a nossa competência como seres humanos. Esse é o conceito de Inteligência Aumentada”, concluiu Naureen.

FONTE:
https://portalnovarejo.com.br/2018/10/mais-inteligencia-ainda-os-limites-da-ia/

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Você Identifica o Seu Cliente?

Varejo ainda não consegue identificar
cliente antes de ele chegar ao caixa.


Pesquisa da BRP aponta que a grande maioria dos varejistas não consegue identificar o consumidor na loja física antes de ele fazer o checkout.

Apenas 23% dos varejistas conseguem identificar os clientes dentro das lojas antes de fazer o checkout. Dessa fatia de um quarto do total, 13% têm maneiras de identificar os clientes assim que eles entram na loja. Outros 10%, em algum momento durante a compra.

Os dados são da pesquisa Customer Experience/Unified Commerce, da BRP, baseados em uma pesquisa on-line com mais de 500 varejistas da América do Norte.

Segundo o estudo, mesmo no checkout, boa parte dos clientes não são identificados pelas empresas de varejo: 57% das varejistas são capazes de saber quem é o cliente quando ele está realizando o pagamento. Cerca de 20% estão totalmente vendadas para a jornada do cliente dentro da loja física, ou seja, são incapazes de identificar clientes em todos os níveis.

No on-line, os números se invertem. A maioria dos varejistas (60%) que atuam na internet consegue identificar os consumidores antes do checkout, incluindo 30% que são capazes de saber quem é o cliente mesmo quando faz a primeira visita ao site.

Incentivos

Perguntados sobre os tipos de incentivos que oferecem aos consumidores que dispendem algum tempo para preencher cadastros e disponibilizar seus dados na loja física, os varejistas apontam que as principais ações são atendimento personalizado (37%) e desconto em produtos (30%).

A pesquisa mostra um resultado surpreendente quando aborda o número de varejistas que deixou de oferecer incentivos para captar dados dos seus consumidores. No ano passado, apenas 18% diziam não oferecer nenhum incentivo, aumentando para 37% neste ano, mais que o dobro. “Na prática, os incentivos criam forte correlação com a taxa de fidelização, e a identificação cria oportunidades para personalizar a experiência de compra e oferecer descontos e promoções especiais, que normalmente se traduzem em mais vendas”, aponta o relatório da BRP.

FONTE:
https://portalnovarejo.com.br/2018/10/varejo-nao-identifica-cliente-antes-do-caixa/


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

A Tecnologia Certa Para o Varejo?

Você já parou para pensar em quanto a tecnologia tem revolucionado o varejo nos últimos anos? 

Antigamente, tudo era anotado na ponta do lápis (ainda é assim por aí?). 
Hoje em dia, as máquinas de cartão dominam, há sistemas de caixa que dão baixa no estoque automaticamente e assim por diante.

Da mesma forma, no passado, o vendedor era uma figura crucial no processo de compra em venda. Atualmente, com a internet e com as vending machines, é possível comprar (quase) tudo sem ter contato com seres humanos (ou tendo pouquíssimo contato). E a tendência é que a tecnologia ocupe cada vez mais espaço no mercado de vendas (B2B e B2C).

A fórmula secreta para saber se você deve (ou não) adotar determinada tecnologia.
Nesse cenário, é normal que você tenha dúvida sobre quais ferramentas tecnológicas deveria utilizar em sua loja. Nosso papel é ajudá-lo a tomar a melhor decisão possível.

A tecnologia em questão ajuda ou facilita a vida do cliente?
Dá um benefício real e mensurável para sua empresa?


Peguemos como exemplo as tecnologias de pagamento. Obviamente, aceitar todo tipo de cartão, mais o pagamento via celular, braceletes e tecnologias similares é cada vez mais importante.

Mas há outras tecnologias que se encaixam nesse grupo. Em novembro de 2016, por exemplo, foi inaugurado no Brasil o primeiro supermercado com a opção de pagar sem passar nos caixas, em que uma máquina escaneia seus produtos e debita automaticamente de sua conta. Rápido e prático, para o cliente. Custoso e trabalhoso para o empresário. Vale a pena?

Se você trabalhar em um supermercado ou grande padaria, sim. Se trabalhar em uma loja de móveis e eletrodomésticos de luxo, ou em uma concessionária, nem perca seu tempo procurando algo assim.

Via de regra: quanto mais valor agregado você adicionar a seu produto, mais contato pessoal é necessário com o cliente. A única decisão na hora de comprar pão é “branquinho ou moreninho?”. Comprar um carro, barco, anel de noivado já exige diversas outras decisões.

Levando tudo isso em consideração, talvez você se pergunte: “tá, e o que mais eu preciso levar em conta na hora de decidir se devo ou não investir em determinada tecnologia?”.

Como saber se você precisa ou não de determinada tecnologia?


No livro Virando a própria mesa, Ricardo Semler afirma que ter uma empresa informatizada é o mesmo que ter uma empresa “máquina-de-escreverzada”. A tecnologia, por si só, não muda nada. Primeiro, você deve se comprometer com as mudanças que determinada tecnologia irá trazer. Algumas deixam a contabilidade muito mais ágil, outras dão muitas informações sobre o cliente. Se você não se programar para usar esse tempo ou transformar as informações em mais vendas, de nada adianta investir em tecnologia.

Então, antes de pensar em quais ferramentas investir, siga este roteiro:

Comece com a pergunta: “o que quero mudar em minha loja?”
A pergunta seguinte é tão importante quanto: “estou comprometido com essa mudança?”
E, finalmente: “que ferramentas existem para me ajudar a alcançar esse objetivo?” 
Pode ser um curso, um livro ou um equipamento de alta tecnologia. Depende.

Não há como escapar da realidade: sua loja enfrenta a concorrência do comércio eletrônico. Com apenas alguns cliques, seu cliente tem à disposição muita praticidade e variedade. Conta com a opinião de diversos outros clientes e, muitas vezes, com um sistema refinado de recomendações. E pode fazer toda essa compra de pijama, à meia-noite.

Então, sua loja deve oferecer alguma coisa que o comércio eletrônico não pode dar!

Antes de investir em tecnologia de ponta, analise como anda a sua força de vendas. Treinar seu pessoal pode fazer essa diferença, pois o toque humano não pode ser reproduzido por um computador. Além disso, pense em sua loja como uma experiência. O que você quer que seu cliente sinta e veja quando entra aí? Mudanças na iluminação, sistema de som e outros fazem a diferença.

A tecnologia que importa

Sim, até aqui falamos em tecnologia jurássica para sua loja, mas, acredite: esse é o tipo de tecnologia que mais faz diferença. Se você conseguir que seu cliente sinta um impacto positivo ao deixar a rua (ou corredor do shopping) e entrar na sua loja, já será um grande passo. A partir desse básico, você pode pensar em outras coisas. Sistema de dispersão de odores, displays giratórios, beacons, monitores com ofertas ou pequenos filmes e assim por diante. Realidade virtual, robôs atendendo os clientes, máquina registradora importada direto do Vale do Silício? Calma! Isso pode ficar para daqui alguns anos…

Aqui é onde a tecnologia faz a diferença!

Você pode saber com facilidade o que seu cliente consome e com que frequência. Se utilizar esses dados corretamente, poderá gerenciar melhor seu estoque, fazer promoções visando determinados clientes, prever quando eles precisarão de um novo produto e oferecer a eles antes que tenham sequer a chance de pensar em um concorrente. Quanto mais você souber sobre seus clientes, mais terá oportunidades de fidelizá-los e aumentar a participação de sua loja no bolso deles (share of pocket).

O que não pode faltar?

A grande tecnologia para se investir, em um primeiro momento, é o CRM (em inglês, Gestão de Relacionamento com o Cliente). Existem várias empresas que oferecem os mais diferentes programas e soluções nessa área. Converse com elas e escolha o mais adequando para você. E, principalmente, programe o que fazer com as informações que conseguir. Essa é a tecnologia a serviço do cliente que pode fazer a diferença na sua loja e pode ser mais barata do que outras opções mais chamativas.

Agora é com você!

Leve todas essas informações em consideração, esteja sempre atento às novidades tecnológicas disponíveis para o varejo e, aos poucos, incorpore ferramentas que realmente vão fazer a diferença na sua operação. Ao mesmo tempo, continue em busca de informações que possam contribuir com o seu desenvolvimento como gestor. Porque tecnologia, sozinha, nunca será suficiente!

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FONTE: