quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

// Considere estes 5 Cuidados Para Aproveitar Melhor o Crescimento Sustentável do Varejo

Setor que cresceu 2,3% em 2018, registrando segundo ano consecutivo de altas e ganhos, requer planejamento e gestão estratégica.


O varejo segue dando boas notícias para a economia brasileira. Se o País ainda busca a completa retomada econômica, o setor já aparece com bons números. Em 2018, o segmento teve crescimento de 2,3%. O índice, por sinal, não deixa de ser histórico. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este é o maior incremento do nicho desde 2013.

Apesar dos seguidos anos de instabilidade econômica no Brasil, esse índice traz esperança e aponta a necessidade de cautela para um setor que ainda está em recuperação. Um recorte que também revela uma tendência é o aumento no volume de vendas da última Black Friday, em novembro passado, que gerou ao setor uma alta de 4,2% no período.

No entanto, mesmo num cenário cada vez mais favorável, o comércio aquecido requer alguns cuidados dos empreendedores. Apesar do aumento nas receitas e, possivelmente, nos lucros, não se deve aumentar investimentos sem, antes, pensar na saúde do fluxo de caixa. Pensando nisso, a Adianta, fintech 100% digital que desburocratiza a concessão de créditos para pequenas e médias empresas, elencou cinco cuidados que o empreendedor precisa para aproveitar essa nova onda de crescimento prevista para os próximos anos. Confira:

Gestão financeira

Conseguir estabelecer o equilíbrio do fluxo de caixa e a estabilidade entre contas a pagar e a receber é imprescindível para a saúde de qualquer empresa. Daí a importância de estruturar absolutamente todos os gastos, ganhos e lucros, além de prever os gastos variáveis como um possível aumento da equipe e dos impostos para conseguir aproveitar o bom momento do segmento. Separe os custos fixos dos variáveis e preste bastante atenção ao fechar o caixa. O saldo tem que bater. Se isso não acontecer, faça e refaça todas as contas relativas às operações realizadas no dia. A precisão precisa ser cirúrgica na conferência desses dados.

Prevenção de Fraudes

Atos criminosos são cada vez mais comuns no comércio brasileiro, seja no ambiente offline ou online. Esses infortúnios vão desde roubos físicos dentro das lojas, desvios de produtos ou dinheiro ligados a fornecedores até o roubo de informações. As transações online e por cartões são mais suscetíveis a fraudes e isso exige que o empreendedor esteja sempre atento.

De acordo com o Grupo New Space, o varejo foi o segundo setor mais atingido por fraudes em 2017. Por isso, investir em tecnologia e em um sistema de gestão confiável é relevante para minimizar os impactos da malandragem de alguns consumidores levianos. Duplicação de operações e trocas de mercadorias, por exemplo, também necessitam de cuidado especial.

Gestão de riscos

Se a gestão financeira é fundamental, a gestão de riscos também merece espaço na atenção do empreendedor, pois o ajudará a definir o futuro do negócio. Os riscos incluem fatores internos e externos que, aliados à uma má gestão, podem levar a prejuízos irreparáveis. Assim, a melhor forma de lidar com essa questão é executar um bom gerenciamento capaz de medir e controlar esses riscos, evitando que eles atinjam o caixa da empresa. Essa gestão envolve a prevenção de perdas financeiras, por exemplo, evitando a venda de um produto sem conhecimento e análise de sua procedência, e os riscos que permeiam essa comercialização.

Além disso, a otimização de recursos e processos operacionais, assim como a definição da margem de lucro da empresa precisa ser bem estudada antes da precificação de qualquer produto. Lembre-se que resolver uma ameaça depois de instalada custa caro.

Equilíbrio financeiro

Ao ver que os ganhos estão maiores que as despesas em determinado período, o empreendedor pode cair no erro de usá-los de maneira inadequada. Por isso, evite sustos e administre o capital de giro de maneira planejada e controlada, afinal ele é o que faz qualquer empresa girar e não é uma reserva para investimentos. O montante exigido para esse capital depende de uma série de fatores, entre eles a sazonalidade do empreendimento.

Em suma, esse montante é a parcela de recursos de longo prazo (endividamento, capital de sócios) que financiam as atividades de curto prazo do negócio. Por isso, cuidado. Esse saldo precisa se manter positivo. Com mais dinheiro circulando no mercado, as chance de desvios são ainda maiores e, neste sentido, uma má gestão pode levar a empresa à falência.

Estude alternativas de crédito

Se perceber um possível desequilíbrio, saiba que, hoje, o mercado de fintech dispõe de recursos bem menos burocráticos e mais flexíveis e acessíveis, que podem ajudar o empreendedor ou administrador financeiro do varejo a colocar as contas em dia. A antecipação de recebíveis é um bom exemplo, pois consiste em antecipar duplicatas de venda a prazo, parcelas no cartão de crédito ou cheques pré-datados.

Ou seja, esse capital que só entraria no caixa da empresa nos próximos meses é antecipado e utilizado para saldar dívidas atuais. Como essa modalidade de crédito apresenta menor risco de inadimplência, uma vez que o recebimento do montante já está programado, as taxas praticadas costumam ser inferiores às praticadas na maioria das demais linhas de crédito. Porém, como toda e qualquer estratégia empresarial, deve preceder estudos e planejamento. Avalie as taxas e controle os valores que estão sendo antecipados.

-

FONTE:
https://www.itforum365.com.br/gestao/5-cuidados-para-aproveitar-o-crescimento-do-varejo-de-forma-sustentavel/

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

// O Que Será do Amanhã? Responda Quem Puder.

O Retail’s Big Show (NRF 2019) é organizado pela federação de varejo americana há mais de um século. Todo ano a expectativa é grande para entender para onde caminha o varejo, quais serão os próximos desafios e quais tendências ocuparão espaço nas agendas estratégicas das empresas deste mercado.

Em suma, a edição deste ano mostrou: (1) a força da China e porque ela tem muito a ensinar a todos os mercados, até mesmo os mais maduros; (2) O varejo físico não morreu e não vai morrer, mas mudou de papel e vai mudar ainda mais puxado pelos novos hábitos de consumo da nova geração de consumidores; (3) tecnologia e o domínio dos dados é a espinha dorsal da experiência de consumo; e (4) o consumidor quer estabelecer uma relação de confianças com as marcas e não apenas consumir.

Ainda estamos sob efeito da ressaca do início da década de 2010, onde o varejo físico foi alvo das mais ácidas previsões que indicavam, inclusive, que este seria substituído pelo comércio eletrônico. Não era para menos. Uma grande crise impactava dos pequenos até as fortes e tradicionais redes varejistas americanas, lojas e mais lojas fechando as portas e aumentando a presença de nobres pontos comerciais disponíveis para locação nos mais badalados centros de consumo.

Os principais players chineses, influenciados principalmente por Alibaba e JD.com, estão na vanguarda com seus ecossistemas de operação, logística, dados e pagamento digital. A revolução do pagamento através de mobile tem tomado o lugar do dinheiro físico circulando numa proporção assustadora. A tecnologia tornou-se vital, o oxigênio do varejo no presente. Reconhecimento facial do consumidor, uma rica quantidade de dados gerando insights revertidos em novas vendas, milhares de pontos de entrega somados ao uso de drones e robôs dão eficiência à logística e encurtam o tempo para o recebimento das compras. Alguma dúvida a respeito da cisma do Trump com os chineses?

Houve quem apostou suas fichas no varejo eletrônico e deixou de lado os pontos físicos. Hoje, percebe-se o erro. Na prática, o varejo físico está cada vez mais vivo e presente. O que se renovou foi o consumo, puxado pela nova geração de consumidores com seus novos hábitos. Além disso, nunca se falou tanto em propósito. O consumidor quer estabelecer uma relação de proximidade com as marcas, não apenas consumir, e passa a dar preferência a marcas cujos valores estão em sintonia consigo.

E o que dizer do varejo físico? 

Nesta tocada, pontos de venda têm se transformado em pontos de experiência que complementam, encurtam distâncias e favorecem o encantamento do público. Lojas tendem a se tornar locais de encontro para vivência, alimentação, aprendizado e, obviamente, compras. O cliente no centro de tudo é o velho clichê que não cansa de ser reciclado e vendido por um preço cada vez mais caro.

-

FONTE:
https://ecommercenews.com.br/artigos/dicas-artigos/o-que-esperar-do-varejo-para-2019/


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

// Analistas Preveem Alta no Varejo

Além do otimismo econômico, a adoção de novas estratégias de vendas, especialmente por meio de plataformas digitais, também devem gerar retornos às empresas.


Os analistas estão otimistas com o desempenho das ações das empresas do setor de varejo em 2019. Eles apontam o crescimento econômico como o principal impulsionador dos resultados do segmento e, consequentemente, dos papéis na Bolsa.

Mas, além disso, a adoção de novas estratégias de vendas, especialmente por meio de plataformas digitais, também devem gerar retornos às varejistas.

Para Ricardo Peretti, estrategista de pessoa física da Santander Corretora, o ambiente macroeconômico estará mais propício ao consumo neste ano.

“Projetamos alta de 3% para o consumo das famílias neste ano, após um 2018 com greve dos caminhoneiros no primeiro semestre e incerteza eleitoral no segundo semestre”. O Santander aponta Lojas Renner, Pão de Açúcar e CVC como as melhores opções dentro do segmento.

Betina Roxo, analista de consumo, alimentos e bebidas da XP Investimentos, lembra que as vendas no varejo crescem entre 1,5 e 2 vezes o ritmo do PIB, até mais em períodos de recuperação mais forte, e que este ano deve ser muito positivo para o segmento. “Preferimos B2W, Lojas Americanas e Via Varejo no setor”, diz.

As empresas do setor trabalham firme na implantação de plataformas digitais que permitem melhorar toda a cadeia de processos, com agilidade e menores custos. O Magazine Luiza está à frente neste processo e já capturou os benefícios, mas outras novidades deverão vir pela frente”, diz Mario Mariante, analista da Planner. Além de Magazine Luiza, ele cita Arezzo, Lojas Renner e Lojas Americanas como possíveis destaques do setor.

Sandra Peres, analista da Coinvalores, menciona o maior poder de compra do consumidor por conta da menor inflação, além das expectativa de melhora no mercado de trabalho. Para a corretora, os destaques devem ser Lojas Renner, Magazine Luiza, Natura e Pão de Açúcar.

A equipe da Nova Futura também tem perspectiva otimista. “Além da melhora no crédito, a valorização do real ante o dólar deve impactar positivamente os segmentos com alto coeficiente de importação”, dizem os analistas.

Entre as carteiras recomendadas para a próxima semana, o setor de varejo também está bem presente. Na Guide Investimentos, a única alteração na carteira é a saída de Lojas Renner ON e a entrada de Pão de Açúcar PN.

Segundo os analistas, o Grupo Pão de Açúcar tem mostrado sinais de recuperação mais acelerada, apoiado pelo forte desempenho da rede Assaí.

A Mirae incluiu Lojas Americanas ON e B3 ON, com a saída de Banco do Brasil ON e BRF ON. No caso da Lojas Americanas, a corretora cita a expectativa de recuperação da economia local em 2019, além dos resultados positivos do terceiro trimestre de 2018.

No que diz respeito à B3, a Mirae menciona a prévia operacional do mês de dezembro, com crescimento de 50,3% no volume médio diário no segmento Bovespa. “A expectativa para 2019 é positiva, pois devemos verificar aumento de volume nos negócios da B3”, diz a Mirae.

A Modalmais promoveu três alterações na carteira, com as entradas de Vale ON, B3 ON e Embraer ON, e as saídas de Ultrapar ON, Kroton ON e Localiza ON.

A Nova Futura trocou quase toda a carteira. Ambev ON é a única que não foi trocada. Saíram Cosan ON, Estácio ON, JBS ON e AES Tietê Unit. Entraram Copel PNB, Weg ON, Vale ON e Hypera ON.

Mercado vê alta

Mesmo após acumular ganhos de 1,98% na segunda semana do ano, o otimismo segue conduzindo as apostas para os próximos cinco pregões do Ibovespa.

É o que mostra o Termômetro Broadcast Bolsa, onde a parcela de profissionais do mercado financeiro que espera alta chegou a 73,08% frente aos 54,84% coletados no fim do mês passado.

Ao mesmo tempo, o porcentual dos que esperam por uma baixa chegou ao menor nível em oito medições: 7,69% ante 12,90% registrados no último questionário referente à expectativa para as sessões de negócios entre os dias 26 e 28 de dezembro.

O Termômetro Broadcast Bolsa tem por objetivo captar o sentimento de operadores, analistas e gestores para o comportamento do Ibovespa na semana seguinte.

A divulgação de indicadores ligados à atividade doméstica está no radar dos investidores que vão verificar o ritmo de aquecimento da economia brasileira no final de 2018 e a dimensão do que pode ser “carregado” para este ano.

O IBGE divulga dados de novembro sobre o varejo e sobre serviços e o Banco Central revela o IBC-Br, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), também relativo ao décimo primeiro mês de 2018.

No exterior, tem início a temporada de balanços, com principais bancos dos Estados Unidos, como Goldman Sachs e J.P.Morgan, divulgando resultados.

Agentes avaliam ainda os dados da balança comercial da China em meio à falta de definições mais concretas em torno das negociações comerciais sino-americanas.

Por outro lado, analistas do Bradesco, em relatório, dizem que a manutenção do tom gradualista da política monetária pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) pode ser positivo. “Ajustamos, inclusive, nossa expectativa de elevações do Fed Funds, de duas para uma.”

FONTE:
https://exame.abril.com.br/mercados/varejo-esta-otimista-com-desempenho-de-acoes-na-bolsa-neste-ano/