quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

// OmniChannel: Por Onde Começa a Estrutura?

Novas soluções aparecem no mercado para unir os estoques do on e do off-line e conectar toda a operação, do backstage ao meio de pagamento


A busca por produtos no varejo se tornou majoritariamente on-line. Uma pesquisa da Deloitte afirma que 71% das pessoas usam ferramentas virtuais antes de visitar uma loja. Apesar disso, apenas 4% das vendas são concluídas no on-line, segundo dados do Ebit. A loja física ainda concentra a consumação das vendas. Por conta disso, unir os estoques das lojas físicas com os da on-line tem-se tornado uma das preocupações centrais do varejo no processo de transformação digital.

A dificuldade em manter os estoques saudáveis aumenta em tempos de integração de canais. “Muitas vezes, o varejo não acerta a mão na quantidade de estoque que tem no e-commerce dividido com as suas lojas físicas”, afirma Núbia Mota, diretora de Omnichannel da VTEX, empresa especializada em tecnologia para o varejo.

O setor de moda é o que tem um dos maiores ganhos com a integração dos estoques. Na média, os clientes de moda da VTEX economizam de 2% a 3% com ganho operacional e logístico relacionado à integração dos estoques. A Animale tem conseguido resultado quase três vezes maior que a média na redução de custos logísticos, segundo a VTEX.

Tiago Dowsley, head de Digital do Grupo Soma, dono da Animale, conta que a marca conseguiu ligar o estoque entre as lojas e os centros de distribuição que eram dedicados apenas ao e-commerce. “A gente consegue com isso aumentar a disponibilidade de estoque para o cliente. Peças que não tinham no estoque do e-commerce agora podem ser encontradas ou na loja ou em outros CDs”, explica o executivo.

Com a união dos estoques, a marca também relata distribuição de produtos e cálculo de comissões mais eficientes. “Todos os envolvidos na transação do ship from store são incentivados. Então, o vendedor ganha comissão, a loja vende mais e bate metas. Quando a loja vende produto através do site ganha comissão como se vendesse na loja”, afirma Dowsley.

Do RFID à maquininha-faz-tudo

Do segmento de moda para o varejo como um todo e para outras indústrias, como a de produção de medicamentos e até de serviços de aviação, a tecnologia RFID também tem-se mostrado, há algum tempo, uma solução eficaz no controle de estoque.

A tecnologia é usada no backstage, permitindo que o produto seja traqueado ao longo da cadeia. “Consigo ver quanto tem no centro de distribuição, no estoque e na frente de loja. Com tecnologias como código de barra, a precisão sobre o controle da peça é de 60% a 65%. Com o RFID, a acuracidade fica entre 96% e 99%”, explica Fabiana Wu, gerente de Desenvolvimento de Negócios América Latina da Avery Dennison, especializada em tecnologias de identificação por radiofrequência.

Um estudo apresentado pela Cielo aponta que a tecnologia de visualização do estoque pelo vendedor pode reduzir um atendimento de quatro para apenas um minuto. Um checkout de três minutos pode ser realizado em dois com a integração, e a agilidade permite incrementar em 25% o número de clientes atendidos.

FONTE:
https://portalnovarejo.com.br/2018/11/omnichannel-comeca-estoque/

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